domingo, 7 de fevereiro de 2010

Analise realizada por José Pinto

Foram anunciados novos horários para o serviço regional, que entram em
vigor este Domingo.
Globalmente acrescentam-se alguns minutos aos tempos de viagem,
antecipando as horas de partida sem modificar a chegada ao destino.
Persistem tempos de viagem demasiado longos, e muito má coordenação
entre o serviço regional e os Urbanos ou Longo-Curso.
Existem exemplos de situações caricatas que parecem fruto da má
vontade de alguém, como por exemplo o Regional 3000 cuja partida é
antecipada 15 minutos para ficar esse tempo parado em Nine, e chegar
ao Porto à mesma hora de antes. O IR 857 parte do Porto às 20h05 para
seguir pausadamente atrás dum Urbano de Braga e parar no apeadeiro
provisório da Senhora das Dores para dar passagem ao Alfa Pendular. Os
tempos de viagem são sempre superiores a hora e meia nos IR e IN, e
muito superiores a duas horas nos Regionais com transbordo para Urbano
em Nine, atingindo 2h30 para Viana Porto ou 4h40 para Valença-Porto!
(Como comparação, um Urbano que para em todas demora 1h15 entre Braga
e Porto-São Bento, o Inter Cidades de Guimarães a Lisboa pouco mais de
4h.)
Estes tempos de viagem, mais os demorados transbordos tornam este
serviço demasiado lento para os dias de hoje e não têm aparentemente
nenhuma razão de ser excepto a falta de atenção a este eixo que
poderia ser muito melhor aproveitado.

Também é preocupante a falta de condições nas estações, mesmo as que

foram recentemente modernizadas (Nine) ou as que receberam algumas
obras recentemente (Viana). Outras precisam de obras com urgência para
repor o mínimo de dignidade e conforto necessário às pessoas que as
frequentam.

É desejável ter serviços directos Viana-Porto em menos de 80 minutos

(60Km/h média), e Regionais melhor coordenados com os Urbanos de modo
a reduzir os tempos de viagem e garantir as ligações.
É urgente actualizar a sinalização para melhorar a segurança da
circulação e tornar mais rápido cruzamento entre os comboios, pois é
uma linha única na parte não modernizada, onde a sinalização e
controle do tráfego ainda recorre a técnicas centenárias.
Também faz falta melhorar a informação aos passageiros, que é
geralmente escassa e imprecisa, e em caso de algum imprevisto ou
anomalia quase completamente inexistente.

Esta linha, apesar de tudo, serve diariamente milhares de utentes e

toneladas de mercadorias, sendo uma das principais ligações
internacionais a Espanha.
--
José Pinto

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